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  • Foto do escritorClara Aguiar

Quem tem medo de "ir à terapia"?

Atualizado: 10 de abr.

Essa é uma frase que provocativa e evocativa de reflexões, principalmente quando pensamos no primeiro contato do sujeito com o psicólogo. A Psicologia existe há 60 anos no Brasil enquanto ciência e profissão regulamentada, mas ainda consideramos muito recente o seu contato com os mais diversos públicos e segmentos coletivos. Neste ponto, é importante nos questionarmos: a que se deve esse distanciamento?

Sabe-se que para além do fato da psicoterapia ser uma prática que ainda enfrenta desafios quanto ao desenvolvimento de ações que visem a acessibilidade igualitária, universal e qualitativa, entende-se que uma das possibilidades desse entrave entre o encontro do sujeito e o acesso à políticas de saúde mental possa partir justamente - imagina só! - do próprio sujeito. A esse "entrave", na clínica psicológica comumente nomeamos de resistência. A resistência pode vir como um mecanismo de defesa, podendo este ser ativado diante de uma multiplicidade de fatores:

  • medo do desconhecido ("como será a psicoterapia?" "vou me identificar com este profissional?" "quais são meus direitos e deveres durante este processo?" "posso mudar de psicólogo?");

  • incerteza sobre o que sentirá (quais sentimentos serão evocados durante e/ou após as sessões);

  • preocupação com eventuais julgamentos (familiares, de amigos, cônjuge, da comunidade em que está inserido)

  • receio do estigma (ainda atribui-se muitas vezes à figura do paciente psicológico um retrato remetente à loucura, transgressão, rebeldia, dentre outros estigmas sociais).

Deste modo, o psicoterapeuta compreende que a relação terapêutica é muito sutil e que, para o paciente, os detalhes fazem toda a diferença! É nisso que e eu acredito e, por este motivo, no meu clinicar proponho um ambiente terapêutico acolhedor, seguro e comprometido em auxiliar na promoção do desenvolvimento emocional sadio que o paciente procura. O caminho para o autoconhecimento pode ser desafiador, mas é possível quando encontramos facilitadores pelo processo. Já pensou nisso?

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